Jean-Baptiste de Lamarck

O naturalista Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) criou a teoria dos caracteres adquiridos, que foi desacreditada. Apesar disso, antes que Darwin surgisse com A Origem das Espécies, Lamarck já buscava entender como o processo de evolução dos seres vivos funcionava, culminando ideias pré-darwinistas em sua concepção.
A teoria dos caracteres adquiridos não foi bem aceita na França, mas foi compreendida até certo ponto na Inglaterra.
Mesmo assim, o naturalista não foi capaz de convencer a sociedade em que vivia sobre a evolução das espécies com base na teoria. Mas recebeu elogios de Darwin por sua contribuição em difundir o assunto e por concordar com aspectos do trabalho de Lamarck, como a lei do uso e desuso.
Teoria dos caracteres adquiridos
Para a elaboração de sua teoria, Lamarck utilizou ideias pré-darwinistas sobre a evolução das espécies e as personificou em uma única teoria, a dos caracteres adquiridos. Com base em três pilares, a teoria buscava explicar como as espécies foram originadas, inclusive os seres humanos. Estes pilares eram:
- Melhoramento constante: os seres vivos têm tendência de melhorar constantemente, isto porque os organismos buscariam a perfeição. Por isso, há um aumento na complexidade que vai dos seres menos desenvolvidos (como as bactérias) aos mais desenvolvidos (como os humanos). Neste sentido, a tendência em busca da melhora constante seria uma força externa, comparada até mesmo à atração gravitacional. Esta "força" agiria de forma isolada para gerar uma linha contínua e progressiva de evolução.
- Lei do uso e desuso: a tendência de melhoria constante não estaria atuando sozinha sobre a evolução, pois características favoráveis para a sobrevivência seriam passadas de geração para geração. Já aquelas que não eram utilizadas, não eram recebidas pelos herdeiros. A lei do uso e desuso era uma ideia amplamente aceita na sociedade da época em que Lamarck vivia.
- Naturalismo dependente dos seres vivos: o terceiro pilar da teoria dos caracteres adquiridos é que o naturalismo depende dos seres vivos. Isto para construir uma ideia de que muitos seres seriam incompreensíveis por natureza.
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